Masturbação

17-11-2010 13:09

 

 

Do livro: “Vocação: uma vida encantada com Deus!” de Juracy Villares.
Aqui, neste artigo, está a concepção cristã da vida sexual, vemos a beleza da sexualidade no homem e na mulher como Deus a concebeu. O mundo de hoje não percebe essa maravilha. O pecado cegou-lhes os olhos. O que Jesus Cristo acha da masturbação?
Quando falamos em sexo, precisamos situar o contexto que estamos usando como referência. Atualmente, há um bombardeio de ‘concepções’ e ‘teorias’ sobre sexo, completamente opostas ao ideal aqui proposto, causando confusão e influenciando a juventude desprevenida de reflexão e de valores próprios.
A masturbação contradiz o sentido de toda a sexualidade e, acima de tudo, o sentido de toda a vida realmente humana, digna do homem.
A masturbação ocasional e passageira no adolescente que está descobrindo sua vida sexual não acarreta maiores danos à pessoa. Faz parte do contexto específico da adolescência, como um recurso fácil para dar vazão à intensa carga hormonal.
Ocorre que, se ela se torna hábito, com o passar do tempo, cada vez mais a pessoa se vale desse recurso para satisfazer-se sexualmente. Chega, muitas vezes, a se masturbar mesmo sem estar sexualmente excitado, ou seja, a própria pessoa desencadeia o processo de excitação, buscando na memória e em artigos pornográficos estímulos para sua aventura sexual solitária. Assim, alguém que se vicia no ato da masturbação, começa a colecionar estímulos sexuais e pornográficos, desenvolve o olhar de cobiça ante tudo e todos que possam se transformar em objetos eróticos de sua fantasia, fomentando a impureza e a malícia.
A pessoa que se masturba vive um mundo de mentira, de fantasia. Na sua imaginação, faz prodígios e cria o seu personagem irreal de sexo oposto perfeito. Óbvio, é criação sua! Isto a acomoda numa situação mágica, fechada, não criativa, de isolamento e não quer mais a realidade. Não precisa mais se arriscar a ter sucesso ou fracasso no abordar um parceiro. Parece que desaprende a arte de conquistar e seduzir, diminuindo o seu papel sexual.
A masturbação cria uma Egolatria, porque, ao criar situações eróticas e sexuais na fantasia, a pessoa torna-se o seu próprio deus, dispondo de seu falso destino, totalmente irreal. Fica egocêntrica, voltada para si mesmo, para dentro de si, fechada, dividida em dois mundos: um real e verdadeiro; outro, imaginário, falso e mentiroso. Parece mais fácil ser escravo da fantasia.
O vicio da masturbação, chamado de Onanismo é sinal de um distúrbio no desenvolvimento da vida afetiva; é uma atitude errônea e falha diante da vida. Após o ato de onanismo, as pessoas têm modorra desalentada ou apatia, sonolência por causa da culpa. “Mas Onã, que sabia que essa posteridade não seria dele, maculava-se por terra cada vez que se unia à mulher do seu irmão, a fim de não dar a este posteridade. Seu comportamento desagradou ao Senhor, que o feriu de morte também” (Gênesis 38,9-l0)
A Bíblia nos alerta sobre o uso de nosso corpo: “Não reine, pois, o pecado em vosso corpo mortal, de modo que obedeçais aos seus apetites. Nem ofereçais os vossos membros ao pecado, como instrumentos do mal. Oferecei-vos a Deus, como vivos, salvos da morte, para que os vossos membros sejam instrumentos do bem ao seu serviço” (Romanos 6,l2-13).
A masturbação mostra, antes de tudo, um desajuste com o sentido da vida. É trair Deus. “E com sua ardente luxúria maculou a terra, adulterando-se com a pedra e com a madeira” (Jeremias 3,9). É necessário oferecer-se a Deus para realizar as obras que Ele preparou para que as fizéssemos. “Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos” (Efésios 2, l0).
A pessoa com Onanismo, quando tenta enfrentar a realidade objetiva, ou seja, uma pessoa do sexo oposto, foge com medo e não corre o risco de conquistar, ou se torna exigente com o parceiro, com mania de perfeição, agudo senso crítico, vendo apenas defeito em tudo. Então, volta-se novamente para os seus modelos irreais, falsos e mentirosos que de nada servem e a mantêm em isolamento afetivo e sem rendimento profissional. Tenta ser independente sexualmente com excesso de auto-suficiência, nega o sexo oposto e o acomoda dentro de si, mascarando sua própria sexualidade.
Nessa época de inflação sexual, muitos pensam que brincadeira de sexo na infância é saudável. É evidente que as crianças exploram sua sexualidade de um modo natural, manipulam todo seu corpo, observam as outras crianças e têm outros comportamentos comuns à idade. Algumas práticas, quando escondidas, no entanto, não são eficazes para o desenvolvimento da criança, podendo ocasionar “Transtornos de Identidade Sexual na Infância”.
O menino usado sexualmente sente-se inferior ao outro que o usa e fica com a compulsão de superar a sua inferioridade e resgatar sua dignidade, descontando em outras crianças ou, então, ele próprio começa a se sentir tão pouco homem ou tão pouco digno que começa a perder o sentido de sua masculinidade. É como se tivesse traído a si mesmo, destruindo a sua identidade sexual. O mesmo processo pode ocorrer com a menina adolescente, destruindo sua identidade sexual.
Jesus Cristo ensina a defender o templo do Espírito Santo que é o nosso corpo, expulsando a chicote os invasores. “Em seguida, entrou no templo e começou a expulsar os mercadores. Disse ele:Está escrito: A minha casa é casa de oração! Mas vós a fizeste um covil de ladrões” (Lucas l9,45-46).

 

 

Juracy Villares

 

 

Comunidade Missionária Santíssima Trindade