Dezenas de milhares de pessoas no Circo Máximo de Roma numa vigília de oração que lembrou sofrimento de João Paulo II
(30/4/2011) Desenas de milhares de pessoas estão reunidas, esta noite no Circo Máximo de Roma, para uma vigília de oração que prepara a beatificação de João Paulo II, este domingo, no Vaticano.
A celebração iniciou-se com imagens do falecido Papa polaco, falando aos jovens, e apresentou um vídeo de dois minutos sobre o “sofrimento e as últimas horas” de Karol Wojtyla (1920-2005).
O tema voltou à baila com o depoimento de Marie Simon-Pierre, cuja cura, por intercessão de João Paulo II, foi considerada como o milagre necessário para a conclusão do processo de beatificação.
“É como um segundo nascimento, uma segunda vida”, referiu no seu depoimento a religiosa francesa, para quem esta cura é também “uma bênção para a Igreja e para o mundo”.
Numa “celebração da memória”, com transmissão internacional, a organização convidou ainda o antigo porta-voz do Vaticano, Joaquín Navarro-Valls e o cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário particular de João Paulo II.
A segunda parte do encontro conta com a recitação da oração tradicional do terço do Rosário, com intervenções de fiéis reunidos em cinco santuários dedicado ao culto da Virgem Maria Basílica de Guadalupe, no México; o Santuário de Kawekamo, na Tanzânia; Cracóvia, na Polónia; o Santuário de Nossa Senhora do Líbano, em Beirute, e Fátima.
Uma primeira ligação a Portugal permitiu saudar algumas centenas de pessoas reunidas na Capelinha das Aparições, sob a presidência de D. Augusto César, bispo emérito de Portalegre-Castelo Branco.
No Santuário português vai ser lido um extrato da homilia que João Paulo II proferiu na Cova da Iria a 13 de maio de 1982, durante a sua primeira visita.
“Em conformidade com a tradição de muitos séculos, a Senhora da mensagem de Fátima indica o terço – o rosário – que bem se pode definir «a oração de Maria»: a oração, na qual Ela se sente particularmente unida connosco. Ela própria reza connosco”, afirmou então o Papa polaco.
O dia vai terminar numa chamada “noite branca”, com oito igrejas abertas em permanência, no centro histórico da capital italiana, para acolher os peregrinos de todo o mundo que vieram para a cerimónia de beatificação.