Católicos e ortodoxos devem caminhar para plena unidade, diz Papa
Ao receber, na manhã desta sexta-feira, 28, no Palácio Apostólico Vaticano, os membros da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais, o Papa Bento XVI ressaltou que os fiéis católicos e ortodoxos devem se aprofundar na consciência recíproca visando a plena unidade.
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.: Saudação do Papa à Comissão para o diálogo entre a Igreja Católico e as Igrejas Ortodóxas Orientais
“Nós devemos estar confiantes que suas reflexões teológicas levarão nossas Igrejas, não só a compreender mais profundamente uma a outra, mas resultará na continuidade da nossa viagem rumo á plena comunhão com a qual somos chamados pela vontade de Cristo”, enfatizou o Pontífice aos estudiosos ortodoxos e católicos que participam de um encontro nesta semana.
Durante este evento, os membros se aprofundam nos estudos sobre a comunhão e a comunicação que existia entre as Igrejas até meados do século V da era cristã, bem como o papel desempenhado pela monastia na vida da Igreja primitiva.
O Santo Padre disse que rezou, durante a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, por este importante encontro de diálogo entre cristão e ortodoxos orientais.
Recordando que muitos desses membros ortodoxos são de regiões que enfrentam provações e dificuldades, Bento XVI demonstrou sua profunda preocupação. “Que a intercessão e o exemplo dos muitos mártires e santos, que deram o corajoso testemunho de Cristo em todas as nossas Igrejas, sustentem e fortaleaçam vocês e suas comunidades cristãs”, expressou o Papa.
Bento XVI salientou ainda que cristãos devem trabalhar em conjunto na aceitação e na confiança mútua, a fim de servir à causa da paz e da justiça.
Caminho de diálogo
O trabalho da Comissão teve início em janeiro de 2003 como uma iniciativa partilhada das autoridades das Igrejas Ortodoxas Orientais e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
A primeira fase do diálogo, de 2003 a 2009, resultou no texto comum intitulado “Natureza, Constituição e Missão da Igreja”. O documento descrevia os aspectos dos princípios eclesiais fundamentais compartilhados e identificados que exigia uma reflexão mais aprofundada nas fases subsequentes do diálogo.
“Nós só podemos ser gratos que após quase 1500 anos de separação, nós ainda chegamos a um acordo sobre a natureza sacramental da Igreja, sobre a sucessão apostólica no serviço sacerdotal e sobre a necessidade de impulsionar o testemunho do Evangelho de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo, no mundo”, enfatizou o Papa.
O encontro desta semana faz parte dessa segunda fase, em que a Comissão tem refletido, a partir de uma perspectiva histórica, sobre as maneiras pelas quais as Igrejas manifestaram a sua comunhão através dos tempos.
FONTE: cn noticias