Aumentam sacrilégios no México.
Um relatório da unidade de investigação do Centro Católico Multimédia (CCM) e do Conselho de Analistas Católicos do México (CACM) anunciou na última segunda-feira que tem crescido cerca de 12% o número de sacrilégios deliberados em recintos sagrados das diversas províncias eclesiais da república mexicana, segundo registros de 1993 até hoje.
Segundo o relatório, no México, a cada semana, cerca de 26 locais sagrados em todo o país são atacados com violência.
“É uma tendência que afeta anualmente 12% das mais de 11 mil igrejas católicas que compõem as 18 províncias eclesiais do país”, diz o relatório.
O fenômeno – sublinha o estudo coordenado pelo jornalista Gustavo Antonio Rangel – aumentou 600% nos últimos 17 anos.
O México aparece como o primeiro país da América Latina com mais ataques violentos contra locais sagrados, seguido pela Colômbia, Brasil, Guatemala, Venezuela, El Salvador e Argentina. Muitos dos ataques são roubos, especialmente de arte sacra e arte colonial, das quais as igrejas católicas no México conservam objetos extraordinários, apesar dos constantes saques a que, pelo menos há 200 anos, têm sido submetidas.
Estima-se que os ladrões de arte colonial obtêm um lucro anual de até 83 milhões de pesos (cerca de 8 milhões de dólares) e, além disso, supõe-se que seus principais clientes, “colecionadores e antiquários”, estejam nas três principais cidades do México, assim como nos Estados Unidos, América do Sul e Ásia.
Sete de cada 10 lugares sagrados profanados corresponde a santuários marianos. “Para citar um exemplo, diz o estudo, a imagem mais prejudicada, por danos ou roubo de arte, é a da Virgem Maria em seu título de Nossa Senhora de Guadalupe.”
Aumentaram as extorsões e as “venda de seguros” para os párocos de diferentes regiões do país; são extorsões e intimidações que, em muitos casos, geram novos e maiores atos de violência.
Isto é confirmado pelos registros de 1993 até hoje: 18 crimes cometidos contra 1 cardeal, 13 padres, 3 religiosos e 1 leigo – sacristão; destes, 7 foram realizados contra sacerdotes dentro dos templos.
Em 2010, dois padres e um leigo foram assassinados a sangue frio. “Por isso, as estatísticas dos casos de homicídios de sacerdotes no México mostrou que 46% deles provêm de ataques deliberados a recintos sagrados”, afirma o relatório.
Ainda que 14 estados do México tenham se tornado áreas de risco constante para o ministério sacerdotal, 10 são os lugares que representam maior grau de insegurança: Cidade do México, Chihuahua, Guerrero, Jalisco, Oaxaca, Veracruz, Michoacán, Hidalgo, Aguascalientes e Coahuila.
FONTE comunidadeshalom.org.br