553 - Concílio de CONSTANTINOPLA II
5º CONCÍLIO ECUMÊNICO
Data: 05/05 a 02/07 de 553 - Papa: Virgílio (537-555)
Condenação dos nestorianos Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Ciro e Ibas de Edessa (episódio chamado de Três Capítulos).
"Não há senão uma hipóstase (ou pessoa), que é Nosso Senhor Jesus Cristo, Um na Trindade... Aquele que foi crucificado na carne, nosso Jesus Cristo, é verdadeiro Deus, Senhor da glória e Um na Santíssima Trindade" (DS 424).
"Toda a economia divina é obra comum das três pessoas divinas. Pois da mesma forma que a Trindade não tem senão uma única e mesma natureza" (DS 421)
680 - Concílio de CONSTANTINOPLA III - 6º CONCÍLIO ECUMÊNICO
Data: 07/11 de 680 a 16/09 de 681 - Papas: Ágato (678-681) e Leão II (682-683)
Condenação do Monotelitismo, heresia defendida pelo patriarca Sérgio de Constantinopla que ensinava haver só a vontade divina em Cristo ("teletes", em grego, vontade).
A vontade humana de Cristo "segue a vontade divina, sem estar em resistência nem em oposição em relação a ela, mas antes sendo subordinada a esta vontade todo-poderosa" (DS 556; CIC 475).
Século VII - Advento do Islamismo
Maomé - Muhammad-Ibn-Abdallag-Ibn-Mottalib (571-632) - os muçulmanos (maometanos) crescem a partir do séc. VII por causa da "guerra santa"
Meca e Medina. Na "Noite do Destino", Deus o escolhe para ser "profeta da nova fé": "Sou o anjo Gabriel e tu serás o apóstolo do Senhor". Corão = mistura de panteísmo, judaísmo e cristianismo.
Califa Omar funda o império teocrático árabe. O califa é o sucessor do profeta - soberano: chefe militar, civil e judiciário.
As tribos da Arábia reconhecem Maomé como chefe (630).
Conquistam (pelas armas) Damasco em 635; Jerusalém e Antioquia em 637; Egito, em 640; Pérsia (640-644); e o norte da África, em 650.
Atacam 4 vezes Constantinopla (674-678). Não conseguiu na 1ª vez, porque o basileu era forte.
Conquistam a Espanha em 722, pelo estreito de Gibraltar, e a Itália, pela Sicília em 827.(Ler nota [1]).
722 - início das guerras de reconquista da Espanha aos árabes.
Século VIII - O Estado Pontifício
No séc. VII, os imperadores bizantinos tiravam terras da jurisdição do Papa e no norte da Itália, os lombardos, pagãos ou heréticos (arianos) ameaçavam saquear Roma e região[2].
717 - a heresia iconoclasta era apoiada pelos basileus (os imperadores tornaram-se iconoclastas).
739 - os lombardos (bárbaros do norte) cercam Roma.
747 - Papa Zacarias (741-752) recorre a Pepino, o Breve (pai de Carlos Magno), da dinastia dos carolíngios, mordomo (1º ministro) dos francos, mas não tinha sangue real - "Os reis reinam, mas não governam".
Em 751, foi eleito rei dos francos na dieta de Soisson e ungido por S. Bonifácio e outros bispos. Sucede a Quilderico III, último rei merovíngio (depois vem os carolíngios, dinastia de Carlos Magno). Pepino vence o rei lombardo Astulfo (749-756) em Ravena.
754 - Papa Estevão II (752-757) ungiu Pepino o Breve e seus filhos Carlos (Magno) e Carlomano (morreu jovem em 771) rei dos francos com o título de "Patrícios Romanos" (como que "sucessores dos césares"), protetores de Roma e da Igreja. Não tinha sangue real, mas por ter sido ungido pelo Papa, supre o sangue real.
756 - Pepino vence os lombardos e entrega os territórios bizantinos ao Papa. O documento foi colocado sobre o túmulo de São Pedro, daí nascendo o Estado Pontifício. Era a vontade do povo.
774 - Carlos Magno, filho de Pepino, o Breve, vence os lombardos.
781 - nasce o ESTADO PONTIFÍCIO - cunham-se moedas.
787 - Concílio de NICÉIA II - 7º CONCÍLIO ECUMÊNICO
Data: 24/09 a 23/10 - Papa: Adriano I (772-795)
Contra os iconoclastas: há sentido e liceidade na veneração de imagens
"Para proferir sucintamente a nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade, e não na aparência. O Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco" (Doc. 111).
"Nós definimos como todo o rigor e cuidado que, à semelhança da representação da cruz preciosa e vivificante, assim as venerandas e sagradas imagens pintadas quer em mosaico, quer em qualquer outro material adaptado, devem ser expostas nas santas igrejas de Deus, nas alfaias sagradas, nos paramentos sagrados, nas paredes e mesas, nas casas e nas ruas; sejam elas as imagens do Senhor Deus, dos santos anjos, de todos os santos e justos" (DS 600-601).
800 - Natal. Carlos Magno[3] (768-814) é coroado Imperador na noite de Natal pelo Papa Leão III (795-816), como "Carlos Augusto" (ou seja, "César"). "Sacro Império Romano da Nação Franca"[4] (império, agora, sagrado).
O Papado e a Itália estão fora da jurisdição de Constantinopla, o que faz com que os Bizantinos fiquem ofendidos e furiosos, pois diziam: "Como pode um bárbaro tornar-se rei?".
Renascença de Carlos Magno (Império Carolíngio) trouxe um novo brilho de cultura, enriquecida pela cosmovisão cristã. O imperador nomeia bispos e abades (às vezes leigos), pois se interessou pela formação do clero. Aqui começa o cisma do Oriente.
814-840 - Luiz Bonachão sucede Carlos Magno - decadência dos francos - o Papa se enfraquece diante dos senhores feudais e nobres da Itália, que começam a se impor sobre o imperador ou seja, leigos foram investidos padres, abades, priores, bispos e cardeais, por solicitação das famílias nobres - investidura leiga,
787 - Concílio de CONSTANTINOPLA IV-8º CONCÍLIO ECUMÊNICO
Data: 05/10 de 869 a 28/02 de 870 - Papas: Nicolau I (858-867) e Adriano II (867-872)
Extinção do cisma do Patriarca de Constantinopla, Fócio, que foi condenado.
O culto das imagens foi confirmado.
FONTE CLEOFA